Trinta anos após a conquista do tetracampeonato mundial pela Seleção Brasileira e da trágica morte de Ayrton Senna, uma revelação emocionante reacende a conexão entre dois ícones do esporte nacional. O ex-zagueiro Ricardo Rocha contou, durante um evento de turismo voltado à Copa de 2026, uma história inédita sobre um pacto feito entre os jogadores da Seleção e o piloto da Fórmula 1, pouco antes do fatídico 1º de maio de 1994.
Segundo Rocha, em abril daquele ano, durante um amistoso da Seleção em Paris, Senna encontrou o grupo brasileiro e fez uma promessa mútua com os atletas: eles conquistariam o tetracampeonato no futebol, e ele buscaria seu quarto título na Fórmula 1. “Infelizmente, dez dias depois do nosso encontro, Senna faleceu, mas nós cumprimos a promessa que tínhamos feito a ele”, revelou o ex-jogador, emocionado.
O encontro ocorreu em 20 de abril, no estádio Parque dos Príncipes, onde o Brasil enfrentou um combinado PSG-Bordeaux. Apesar do empate sem gols, o momento ficou marcado como o último grande aplauso a Senna em vida. Convidado para dar o pontapé inicial, o piloto quase recusou o convite por receio da reação da torcida francesa, já que seu maior rival, Alain Prost, era francês. No entanto, incentivado por Galvão Bueno, Senna aceitou e foi ovacionado pelos torcedores.
Antes da partida, Senna conversou com a comissão técnica e os jogadores, deixando uma frase que se tornaria símbolo da conquista brasileira: “Vocês aceleram de lá, e eu acelero daqui.” Pouco depois, o Brasil conquistaria o tetra nos Estados Unidos, dedicando a vitória ao ídolo perdido com uma faixa com os dizeres: “Senna, aceleramos juntos: o tetra é nosso.”
Essa história revela não só o impacto de Senna além das pistas, mas também como sua figura serviu de inspiração e motivação para uma geração de atletas. Mesmo após sua partida, ele continuou sendo combustível emocional para uma das maiores vitórias do futebol brasileiro.