Leonardo Jardim não é mais o técnico do Cruzeiro. O clube anunciou nesta segunda-feira (15/12) a saída do treinador português, um dia após a eliminação para o Corinthians na semifinal da Copa do Brasil. Apesar de ter contrato até o fim de 2026, a decisão foi tomada em comum acordo, com base no desejo do próprio Jardim de se aposentar da carreira de técnico.
A saída já vinha sendo cogitada há meses. Em outubro, após um jogo contra o Palmeiras, Jardim falou publicamente sobre a possibilidade de deixar o clube. Desde então, o tema se tornou frequente nas entrevistas e bastidores. O presidente do Cruzeiro, Pedro Lourenço, tentou convencê-lo a permanecer, oferecendo aumento salarial e até um plano de transição para um cargo executivo em 2027, mas o técnico recusou, alegando que sua decisão não era motivada por questões financeiras.
Leonardo Jardim revelou que já vinha refletindo sobre a aposentadoria nos últimos anos, mas aceitou o desafio no Cruzeiro para realizar o sonho de trabalhar no futebol brasileiro. Contudo, o cotidiano no Brasil contribuiu para o desgaste: o calendário apertado, as longas viagens e fatores externos como a arbitragem pesaram em sua decisão.
Contratado em fevereiro para substituir Fernando Diniz, Jardim enfrentou dificuldades iniciais, mas conseguiu melhorar o desempenho da equipe. Sob seu comando, o Cruzeiro chegou à semifinal da Copa do Brasil e terminou o Campeonato Brasileiro na terceira colocação, garantindo vaga direta na fase de grupos da Libertadores de 2026.
Com a saída, a diretoria do Cruzeiro já busca um novo treinador. Artur Jorge é bem avaliado internamente, mas o nome prioritário é Tite, com quem o clube tem uma reunião marcada ainda nesta segunda-feira.


