O juiz federal Eduardo Appio, conhecido por sua atuação em processos da Operação Lava Jato, foi afastado de suas funções pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A decisão ocorreu após o magistrado ser acusado de furtar, em três ocasiões distintas, garrafas de champanhe avaliadas em R$ 399, em um supermercado localizado em Blumenau (SC). As supostas ações foram captadas por câmeras de segurança do estabelecimento.
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Em uma das gravações, datada de 18 de outubro, Appio aparece examinando garrafas em uma prateleira e, em seguida, deixa o local com uma delas nas mãos. Ele é abordado por seguranças ao sair do supermercado e levado a uma sala, onde discute com os funcionários e apresenta um cartão, possivelmente tentando justificar sua ação.
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Segundo o boletim de ocorrência, o primeiro episódio teria ocorrido em 20 de setembro, quando o juiz teria escondido intencionalmente uma garrafa em uma sacola de compras. As outras duas ocorrências teriam se repetido nos dias 4 e 18 de outubro. Diante dos fatos, o TRF-4 instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar o comportamento do magistrado.
A Corte Especial Administrativa do TRF-4 manteve o afastamento de Appio em uma decisão tomada em 27 de novembro, alegando que a gravidade do caso poderia comprometer a imagem do Judiciário e colocar em dúvida a imparcialidade do juiz em futuras decisões judiciais.
Appio, por sua vez, nega qualquer irregularidade. Em entrevista ao colunista Ânderson Silva, da NSC, ele afirmou que tudo não passou de um mal-entendido e que possui comprovantes de pagamento de todas as suas compras. O juiz classificou as acusações como falsas e garantiu que tomará medidas legais contra quem o acusar injustamente.
Ele ainda declarou que tem sido alvo de perseguições e que buscará reparação judicial pelos danos causados à sua imagem. Segundo Appio, trata-se de uma tentativa de desmoralizá-lo por interesses políticos e pessoais.


