Dois anos após ser baleado na cabeça durante uma tentativa de assalto em Paraty (RJ), o músico Rinaldo Oliveira Amaral, conhecido como Mingau, do grupo Ultraje a Rigor, apresenta avanços significativos em sua recuperação. A reportagem do programa “Domingo Espetacular”, da Record, acompanhou com exclusividade a rotina de reabilitação do artista, revelando os desafios enfrentados e as vitórias diárias conquistadas.
Entre os progressos mais notáveis está a capacidade de sustentar o próprio pescoço, algo que, segundo os médicos, era impensável meses atrás. Isabel, filha única de Mingau, e sua mãe, Ana, que mesmo separada do músico há 20 anos permanece ao lado da família, destacam pequenas mudanças no olhar, na atenção e no humor como sinais importantes de evolução. Mingau também voltou a demonstrar interesse por vídeos e brincadeiras, resgatando traços de sua personalidade bem-humorada.
Na alimentação, houve grandes avanços. Inicialmente alimentado por sonda, o músico passou a receber estímulos sensoriais com sabores familiares, como café e cerveja sem álcool, o que ajudou a despertar o prazer alimentar. A música, parte essencial da vida de Mingau, também foi incorporada ao tratamento. Seu violão permanece na clínica e é usado como ferramenta terapêutica para ativar áreas cerebrais ligadas à emoção e ao controle da tensão. Profissionais da equipe, como fisioterapeutas e neurocientistas, adaptam as terapias ao histórico artístico do paciente.
Apesar dos progressos, a equipe médica evita fazer previsões sobre a possibilidade de Mingau voltar a andar, falar ou tocar instrumentos. Ainda assim, reconhecem o esforço e a dedicação do músico em cada etapa da reabilitação.
A família vive um momento especial com a gravidez de Isabel, que espera uma menina chamada Amélia. A novidade tem despertado curiosidade em Mingau, que observa a filha com atenção, o que pode representar um estímulo emocional positivo em sua recuperação.
O atentado aconteceu em setembro de 2023 e deixou graves sequelas, exigindo longas internações e cirurgias. Dos cinco suspeitos pelo crime, quatro foram presos, e três devem ir a júri popular. A família, no entanto, prefere focar na recuperação do músico.


