Uma violenta confusão interrompeu a partida entre Independiente e Universidad de Chile, válida pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, na noite de quarta-feira (20/8), no Estádio Libertadores da América, em Avellaneda, Argentina. O jogo, que estava empatado em 1 a 1 no início do segundo tempo, foi suspenso após uma série de confrontos entre torcedores dos dois times.
De acordo com o jornal argentino Olé, a confusão começou no intervalo, quando torcedores da equipe chilena incendiaram objetos na área visitante e lançaram cadeiras em direção aos argentinos. Aos dois minutos da segunda etapa, a arbitragem decidiu paralisar o jogo. Após 20 minutos de tentativa de controle, os jogadores e a equipe de arbitragem foram mandados de volta aos vestiários, e a partida foi oficialmente suspensa.
A situação escalou com a invasão de torcedores do Independiente ao setor visitante, onde agrediram rivais com paus e barras de ferro. Imagens chocantes circularam nas redes sociais, incluindo registros de torcedores se jogando das arquibancadas para escapar das agressões. Há relatos de feridos graves e dezenas de detenções.
A imprensa internacional repercutiu fortemente o episódio. O jornal espanhol Mundo Deportivo classificou as cenas como “imagens de horror”, enquanto o The Athletic destacou o uso de armas e até excrementos lançados durante os confrontos. A Bola falou em “pancadaria grave” e o francês Le Parisien informou que ao menos 10 pessoas ficaram feridas e cerca de 90 foram presas.
Ambos os clubes emitiram comunicados lamentando o ocorrido, e a Conmebol confirmou a suspensão do jogo. A entidade declarou que a decisão sobre a classificação às quartas de final — onde o vencedor enfrentará o Alianza Lima, do Peru — será tomada por seus órgãos judiciais.
A Universidad de Chile havia vencido o jogo de ida por 1 a 0, e o confronto de volta foi interrompido com o placar empatado. A gravidade dos incidentes provocou reações de autoridades esportivas e políticas, com pedidos de punições severas.