A Seleção Brasileira entra em campo nesta terça-feira (10/6), na Neo Química Arena, em São Paulo, para enfrentar o Paraguai em um duelo decisivo pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. Apesar do histórico amplamente favorável — com 50 vitórias em 84 confrontos —, o Brasil encara um adversário embalado e que vive sua melhor fase na competição.
O Paraguai, comandado por Gustavo Alfaro, está invicto há nove jogos nas Eliminatórias e já venceu as três seleções campeãs mundiais da América do Sul: Brasil (1 a 0), Argentina (2 a 1) e Uruguai (2 a 0), todas como mandante. Com 24 pontos, os paraguaios ocupam atualmente a terceira posição na tabela, enquanto o Brasil vem logo atrás, com 22. O confronto direto pode inverter essa ordem ou ampliar a diferença.
Historicamente, o Brasil domina o duelo, especialmente em casa, onde perdeu apenas uma vez em 34 partidas. Ainda assim, o passado recente mostra que o Paraguai é capaz de surpreender: foi o algoz da Seleção nas quartas de final da Copa América de 2011, nos pênaltis, e venceu o Brasil nas atuais Eliminatórias. Em contrapartida, o Brasil goleou por 4 a 0 nas Eliminatórias de 2022 e por 4 a 1 na Copa América de 2024.
Comandada por Carlo Ancelotti, a Seleção aposta em um estilo ofensivo e criativo, enquanto o Paraguai se destaca por sua defesa sólida e contra-ataques velozes. A pressão está sobre o Brasil, que ainda não garantiu matematicamente sua vaga no Mundial. Restando três jogos, uma combinação improvável de derrotas brasileiras e vitórias de Venezuela e Bolívia poderia tirar a Seleção da Copa — um cenário inédito e alarmante.
O duelo desta terça, portanto, vai além dos três pontos: é uma prova de fogo para Ancelotti, um teste de maturidade para o elenco e, sobretudo, uma oportunidade de afastar o fantasma de uma possível eliminação. A torcida brasileira, acostumada a ver sua Seleção como protagonista, agora segura a respiração.